Nos últimos dias virou moda falar de casos de pedofilia envolvendo clérigos católicos. De fato existiram? Sim. As vítimas que o digam... O que fazer? Ora, um crime é crime independentemente de quem o praticou. São padres ou bispos, que estes se submetam à justiça como qualquer outro cidadão.No entanto, se faz necessária uma reflexão para não cairmos no ridículo. Precisamos separar um crime, enquanto fato, de uma onda anticatólica disseminada no Ocidente. Agora, pelo erro de alguns clérigos, a Igreja torna-se a grande instituição mentirosa e corrupta, a vilã número um da sociedade? É obrigação do cristão católico questionar tais fatos, pois os meios de comunicação trabalham, em sua maioria, apenas com informações muitas vezes falaciosas e parciais. Mais que informação, é preciso formação!Acusa-se o Papa de não tomar providências quanto aos casos de abusos sexuais cometidos por clérigos. Mas nós católicos estamos cientes que Bento XVI, ainda como cardeal, tenha sido talvez o maior expoente no combate à pedofilia na Igreja nos últimos anos? A carta ao clero irlandês (que serve para todos) foi uma mera atitude diplomática?
Aponta-se a causa da pedofilia sendo o celibato. E as outras denominações religiosas (não celibatárias) e setores laicos da sociedade que registram com dor casos e mais casos de pedofilia? É verdade dizer que o celibato é fonte de tais crimes enquanto a maioria dos casos ocorrem entre não celibatários? Vale dizer que numa sociedade que respira sensualidade e a indústria do sexo é uma das mais prósperas não é extranho a aversão ao celibato e seus valores, os celibatários são vistos quase como anormais!Entendamos que a Igreja, nascida da vontade do Senhor, fora constituída santa, mas, enquanto formada por seres humanos, também é pecadora. É verdade que ela errou durante sua história, da mesma forma que outras denominações religiosas cristãs e não cristãs, da mesma forma que os Estados.Não sou a favor de uma apologia cega e dogmatista, mas ao exercício da crítica construtiva que nos leva a crescer. Os católicos (leigos e clérigos) devem ser os primeiros a se conscientizarem sobre seus erros e procurar com transparência possíveis soluções.A informação sem formação só nos leva a concepções arbitrárias da realidade. Pensemos nisso!
Texto por Éverton Machado (Seminarista da Diocese de São José dos Campos)
excelente reflexão!!!!!!
ResponderExcluirmto bom o artigo